quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ikú (Morte)


IKÚ É UM ÒRISÁ

Ikú, a Morte é um Orixá, designado por Olodumare para uma função derradeira. Existem e são raríssimas, pessoas de Ikú que, evidentemente, não são iniciadas, cumprem normalmente seu destino e tem funções específicas num Ilê Axé.

Oyekú Mejí é primeiro caminho à terra, quando o Odú Oyekú Mejí chegou à Terra, a morte ainda não existia. Orixá Ikú (morte) nasce nesse caminho para cumprir sua função na Terra, Opirá. (FIM).

Oyekú Meji representa essencialmente a Morte, a profunda escuridão, representa também o lado esquerdo, o este e o princípio feminino.

Ikú vem buscar a pessoa no dia derradeiro e esteja nas condições que estiver, para levá-la de volta ao interior da terra, ao ventre de Nanã.

Ikú cumpre rigorosamente sua função e somente aqueles que conhecem os omo-odús de Oyekú Mejí, poderá conversar com a morte, e por um breve tempo. Somente através do Imolê Exú e num determinado Odú é e que se faz oferendas a Ikú, estabelecendo pactos e acordos com Ikú para adiar e afastar a morte, aliado aos bons ebós.

Pai Agenor dizia que: a troca pela vida, através de oferendas, é o ponto central do culto aos Orixás, a vida, nada mais é, que a mais valiosa de todas as trocas e também a mais cara.

As trocas não são eternas, chegará o dia que Ikú terá que cumprir sua função e ainda exigirá oferendas, para garantir que só levará apenas um. Há casos famosos de zeladores que depois de mortos, Ikú voltou algumas vezes para cobrar sua oferenda e não encontrando levava seus filhos, acabando muitas vezes, com a casa de candomblé.


Ikú era um jovem guerreiro, forte e muito bonito. Sua beleza era tamanha que impressionava tanto às mulheres quantos aos homens.
As mulheres encantavam-se tanto com sua bela figura que onde quer que o vessem, acompanhavam-no, só para poderem continuar admirando aquela criatura tão encantadora. Não podia desviar os olhos dele.
Os homens, embora tentassem disfarçar ou não querem admitir que estavam encantados com a beleza de Ikú, também acabavam seguindo-o.

Alguns do tipo machão, diziam que seguiam- no somente por curiosidade de saber quem era e onde morava.

Só que Ikú morava a no Igbo-ikù (floresta dos mortos ou floresta da morte), de de onde quem quer que fosse até lá e entrasse, jamais sairia; nunca mais era visto, pois fôra para o Igbo-ikú.

E todo o encanto e beleza de Ikú tinham justamente o objetivo de chamar a atenção das pessoas e atraí-las, e que inadvertidamente seguiam-no e penetravam no igbó-ikú, o reino dos mortos, onde, evidentemente, o rei era o próprio Ikú.


Com Ikú não se brinca, quando Ikú chega o nosso Orixá não está mais conosco, sabe que já cumpriu sua função e somente Orí acompanha a pessoa até o fim.
Axé.

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